domingo, 29 de junho de 2008

POEMA -BEIJO

A brisa súbtil da ternura trouxe um beijo em tremuranum gesto de Primavera enleado da Hera. Colheste esse gesto na palma da tua mão, depois foi para o teu coração A tua ninfa de lábios quentes espera os teus ardentes. Na pnumbra da vida um só desejo um homem,uma mulher unidos num terno beijo. maria --filha do mar longe

POEMA -BEIJO

terça-feira, 24 de junho de 2008

CAPITULO XVII-A TERRA DO MAR LONGE

Compreendo-te,Etna.As perdas fizeram adoptar uma carapaça de tarturuga.
-Achas?
-Claro ou julgas que não te sinto ouvir o cantarolar dos riachos ?
-é verdade...vêm de muito longe--
-Trazem ecos das infancias perdidas
-Ainda te lembras donascer do sol,irrompendoavremelhado,pasando a rosa límpido,como um Deus com o seu ceptro e bastão permitindo raios dourados espreitando o nascer do dia?
-E ao cair da tarde ?
-Ficávamos hipnotizadas com a aguarela de tons amarelados mesclados de castanhos e ressaibos avermelhados .
-Despedia-se do mar azul,pacificando as ondas ,as almas e corpos.Um silêncio demorado.
-Etna Maria ,acaso serias capaz de lá voltar?
-Não,Etna
^Porquê?
-Perderia a liberdade de me insurgir contra a justiça.
-Não acreditas na justiça?
-Não,mas não grito.Gritar é sinónimo de morte.E a morte faz heróis e eu não quero ser heroina.
-És uma caixinha de surpresas..
-Talvez.Sempre preservei a minha liberdade interior.Retornar seria o mesmo que regressar à falésia onde me senti tantas vezes uma deusa da minha nudez interior em que as ondas não passavam de sereias sem baladas,em soluços de quem parte sem regresso.
-referes-te ao teu cussiva?
-já partiu,Etna,mas de vez em quando escrevo-lhe
-Escreves?És doida?
-A lua foi cúmplice da tua ausência pelas margens do mar naquelas cálidas noites africanas.Silenciou os cânticos das sereias.Elas desistiram de me ensinarem enfeitiçar-te.Morreram as frases.As palavras já não existem.Apaguei assim ilusões.Hoje sou um devaneio de mim própria a galope ao ventoescoltada pela maresia .já não vou sentindo a tua ausência no meu templo.Como sempre tão longe do meu Ser.Agora nesse Universo etério acaso as minhas palavras teriam ocondão de tocar o teu coração?As mibhas palavras sáo o que me resta dos luares em silêncio.Asfixiei-as em meu pensamento.Por vezes,prendo todo o alfabetonos meus braços,embrulhando-o em folhas secas.Ponho-o num vaso de recordações.Ali travam o vazio com que sempre coabitei.Sei onde estão.Quietas.Silenciadas.Já não penso no passado .Guardei-te no silêncio da memória.Aí dei-te um abrigo.Sei que me mantens esquecida
Que surpresa,Etna Maria.Que segredo tão bem guardado.Oretornar é remexer na incapacidade de recomeçar sem culpas,nem do fracasso,nem do vazio que as circunstâncias foram criando.
-É possivel,Etna.Receio transformar-me num vulcão incandescente e as lavas sáltarem em rodopio confitos interiores há muito amalgamados .
-Tens medo de ti própria Etna Maria?
-Medo?mágoa ?talvez

-Doce brisa afaga a minha imaginação.Passei dias entre o mar e a areia a olhar-te na minha imaginação.O teu corpo surgia esculpido no querer da minha imaginação.Tu nunca vieste.Nunca tinhas tempo.E eu?Morri na praia .As ondas ,essas,visitavam-me e alimentavam a minha vida derrotada pela tua ausência.Ovento levava os meus suspiros e as palavras que sempre quis ouvir.Aguardei um gesto teu,uma palavra tua.Tardou.Quando estavas de viagem para ooutro Universo abraçaste-me .Ciciaste a despedida ,aconchegando-me ao teu peito como se a minha alma te pertencesse.Sentia-me frágil como um copo de cristal,mas forte como o mar embravecido.Nunca matei a esperança .Apaixonara-me pela vida mesmo aquela que me deste feita de ausências do fogo onde eu própria queimei o meu corpo ,acordando desejos,abraços e beijos.Mas juntei-me ao mar e dei-lhe as minhas lágrimas de saudade ao pôr do sol.Quero eternizar aquele momento,guardá-lo no meu coração.Quando o sol acordar ,vou buscar -te ao teu Universo para que juntos sonhemos abraçados mesmo sem as palvras que nunca me disseste.A saudade alimenta-se de mim ,já não preciso das tuas palavras ,de ti resta-me a memória e o silêncio.
-Realmente Etna Maria,o encanto do afecto é como uma orqidea.Precisa sempre de uma estufa climatizada para não se reduzir a folhas de lembranças.-
-olha sabes?Avida não tem definição,nem compreensão .É o espirito de cada um que a fabrica para depois emergir de acordo com o contexto em que se vive.
É bem simples,afinal,
Se é,Etna .Afinal qdo partes ?
-Brevemente.Ainda não decidi.MAS...reparo tens aí um monte de folhas rabiscadas...cartas não
são de certeza...estou curiosa...
-Queres ler?
Qual a dúvida?
-Tens olhos de lince.Etna
-Vá ..lá lê o que para ai está.Aí tens um encontro com Deus e com a solidão em que os homens
consideram a mulher ilógica no raciocínio,tornando-a vulnerável à culpabilidade de que se serve
como arma de controlo..

Maria-filha do Mar

domingo, 22 de junho de 2008

CAPITULO XVI

Estas eram as coisas pequenas mas tão grandes por dentro que faziam parte dos voos da memória.Convertiam -na numa mulher sem pátria afectiva.Por isso,refugiava-se no labirinto de si própria.
-Etna Maria posso entrar?
-Claro.Que tens feito?
-Nada de especial.Ofrio está por ai,não tarda.Nem me apetece sair.Por isso,vim ver-te.
-ah!obrigada ,muito simpático da tua parte.
-Etna Maria viajas demasiado por um tempo já sem tempo.A Terra do Mar longe só faz crescer a saudade.
-Eu sei,mas é preciso ter pulso na tragetória do tempo.
-Para quê?
-Para se contabilizar o que se perdeu.
-Perdes tempo.
-Se não o tivermos ,tornamo-nos em noras de puxar água.
-Que eu saiba as noras renovam a água.
-monotonamente,lavando as agonias sofridas.
-Mas para que viajas constantemente para onde já não tens lugar?
-É a maneira de encontrar o equilibrio do meu EU.
-JÁ sei,é a única maneira de continuares a ser fiel a ti própria.
-julgas que me alimento de mágoas,ressentimentos?O meu presente é apenas um mensageiro
do futuro,pertença de Deus.
Maria filha do Mar Longe

sexta-feira, 6 de junho de 2008

ORAÇÃO DO SORRISO

Ghandi

Pega um sorriso.
Dá de presente a quem nunca teve.

Pega um raio de sol,
faze-o voar lá onde reina a noite.

Descobre uma fonte,
faze lavar-se nela quem vive no barro.

Pega uma lágrima,
coloca a no rosto de quem nunca chorou.

Pega a valentia
coloca-a no ânimo de quem não sabe lutar.

Descobre a vida,
narra a quem não sabe entendê-la.

Pega a esperança e vive em sua luz.

Pega bondade e dá a quem não sabe dar.

Descobre o amor,
o faze com que o mundo o conheça.

Texto recebido de Lucia Mello
MID: SORRISO DE LUZ - G. Peranzzetta e Nelson Wellington