domingo, 29 de junho de 2008

POEMA -BEIJO

A brisa súbtil da ternura trouxe um beijo em tremuranum gesto de Primavera enleado da Hera. Colheste esse gesto na palma da tua mão, depois foi para o teu coração A tua ninfa de lábios quentes espera os teus ardentes. Na pnumbra da vida um só desejo um homem,uma mulher unidos num terno beijo. maria --filha do mar longe

2 comentários:

Aladin Van-Dunem disse...

Amendoeira


A tecla é rígida, os dedos estão nervosos, e o teu piano chama por mim em todas as suas notas imprevisíveis. Digo que não existem estações, que elas se foram nos anos de guerras e fomes. Tu olhas indiferente ao meu desabafo. Contemplas a amendoeira, à procura dos pássaros, e dos frutos da estação que tarda em chegar. Começas por uma melodia vaga e doce que enternece como só tu sabes. Olho em volta e sinto frio na sala ampla, que caracteriza a música do teu piano de forma única. Repentinamente, paras e os teus dedos desmaiam sobre o teclado, ficam inertes como se as notas e a música fosse algo já esquecido, tão distantes como as estações. Choro de raiva, de impotência por te ver morrer, explode em mim o grande amor que sinto. Faço uma oração que me leva ao universo, peço permissão ao criador para nos salvar. Fico de novo preso a ti e tu presa ás notas, ás teclas, à amendoeira, ao dia cinzento, à sala e ao piano, mas nunca à vida. Os anos que ficam, entre este espaço que agora habitamos e os nossos passados, são irrelevantes perante tamanha teimosia na obstinação de continuar a mudança, na música, na amendoeira, nos sentidos. Para que venham de novo as estações, o sol, e o esplendor.

Autoria Aladin Van Dunem

Mar Longe disse...

Amendoeira é o titulo do texto postado .Será a testemunha de um Amor feito de encontros e desencontros?O verbo "contenplar"denota a presença de um "tu"apenas ligado ao "EU"PELA MELODIA "VAGA"-talvez teclada sem interesse o que provoca "choro "de raiva pela perda desse Amor.Como se fosse uma morte antecipada.Mar Longe