O sol insistia em aquecer o aeroporto pejado de gentes.Um vento fresco trazia o eco do Mar como a expressão passiva do drama que nos rodeava.Uns partiam fervendo horas de expectativas cruéis ao partirem da terra que vira nascer geraçóes .Era o torrão natal.Outros não
encontravam razão para ´não caminhar pela estrada longa da esperança no futuro.Outros comportavam-se como meros espectadores.
Os que partiam já nem reparavam em ninguém.Era como se entre uns e outros ,o presente e o passado fossem já vocábulos sem conotação afectiva.Velhas amizades iam se transformando em
sombras de lembranças.
Era como se o verde das ervas tivessem ,de repente,perdido o viço e as raízes mirrassem por uma queimada irrompida bruscamente por mãos calosas e ásperas pela calada da noite para preparar as entranhas da terra para nova colheita de mandiocais .
o regresso para lá do Equador hostilizado assustava as florinhas dos montes ,o cortejo das estrelas,os roseirais,as folhas a cair e os ventos frios. (cont)
NEM SEQUER ME PODIA DAR AO LUXO DE CHORAR.
Há 11 anos
Sem comentários:
Enviar um comentário