sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

A Terra do Mar Longe

Aquele céu sempre tão límpidamente azul,apesar de,por vezes,se cobrir de nuvens coléricas ,em avalanche na época das chuvas,assistia estupefacto àquela debandada pressionada por deuses vulneráveis no seu livre arbitrio,cheios de desdém.
Uma terra feiticeiramente acolhedora,repleta de requebros sensuais,esvaziava num momento uma identidade secular ,olhando impassível aquele vai vem .
Aquelas gentes converteram-se num abrir e fechar de olhos,num fóssil histórico que os tempos se encarregariam ignorar em nome de uma nova
Paz e em nome de uma nova Justiça.Porém,ninguém estava em condições de antever o que iria acontecer.Os que tinham decidido ficar,não se apercebiam de que já não eram senhores de si próprios,nem
tão pouco do seu poder aburguesado.
Uma nova era tomava vulto.Enigmática.Talvez por isso se partia.Os que insistiam em não arredar pé comportavam-se como meros espectadores.
Maria filha do MarLonge.

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