quarta-feira, 12 de março de 2008

Terra do Mar Longe XI

Etna ficou parada por momentos e os pensamentos esqueceram-se da sua perseverança.Aprenderam com o vento das monções impedirem caminhadas.Eram vozes solitárias.Silenciaram.

Etna encaminhou-se para o gradeamento onde o velho serviçal,esguiu,enrugadinho

pela magreza dos anos,as mãos chupadas pela força do trabalho.Era já um passado que ,amargamente,conscencializava o presente de Etna.

-Zaqueu perguntou:

-Senhora piqueno vai mesmo no famba?

-Etna engolindo em seco ,retorquiu:Tem de ser ,Zaqueu.-

-lá na terra dos brranco de prrimera como vai ser?Sinhora não brranco di prrimera e mininos já outrros brranco.

-Não sei Zaqueu-respondeu Etna,encolhendo os ombros,com os olhos mollhados de lágrimas,enquanto torcia as mãos.

-Sinhora piqueno ,não vai,fica com nosso-quase suplicou o velho serviçal.

E continuou:-Lembra aquele pneu mesmo pneu de camião?Lembra onde ficou parado?Foi mesmo em cima do terraço ,no lado onde Sinhora trabalhava.Desde piqueno ,eu ouvir nossos velhos falar shiiiiiiiiiiiiii maningue desgraça.Sinhora vai sofrer maningue.Aqueles nuvens dentro dele ,estão falar como leão com fome,chorar,

doença,morrer,shiiiiiiiiiii maningue problema.Sinhora não vai.

-Zaqueu,meu velho,tenho de ir.Etna abraçou o velho serviçal,de olhos entrestecidos

num rosto enrugadinho que mais faziam lembrar o ondeado no areal

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