sábado, 1 de março de 2008

a terra do Mar LongeVII

Pobres novos albinos!Nunca se tinham dado conta de que afinal,não passavam de simples aduladores de um poder que naquele momento se extinguira e cada um ficara entregue ao cadáver das ilusões.
Aqui,ali ,lá mais adiante esperavam os granitos enegrecidos que olhavam entre lágrimas silenciosas o espírito das árvores sem ninguém a cuidar delas ,os palheiros a cair de reumatismo .Tinham a consciência de que os novos albinos de mãos vazias,lábios secos trariam a esperança,com sangue e suor,do rumorejar dos campos porque traziam um deus dentro de si.
Aquele sol de um azul límpido acariciado pelo aragem amena e pelo odor da maresia ao cair da tarde pela maré enchente viu Etna sair da sala de controlo.Aproximou-se do gradeamento no desejo de um adeus afectuosoAli estavam os serviçais de longa data,gente que ajudara a criar as suas sananas.Nela tremia a saudade antecipada.Não estava a ser nada fácil nem desenraizar-se ,muito menos despatriar-se e muito menos ser uma sem terra.Mas partia-se.Deixar a terra do Mar Longe era enfrentar os abutres do medo e do silênciodisfarçados em Cristo de voz doce e amena.Os deuses loucos impunham um naufrágio de que os sobreviventes nunca mais se salvariam nem da solidão,nem da escuridão da morte.
Maria .-filha do Mar Longe

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