terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Etna e a terra do Mar Longe xxIV







Etna procurou os correios para telefonar para Etna Maria.Olhou a escadaria bem espaçosa subdividida em patamares amplos .O edificio pintado de cor de rosa e branco dava-lhe um toque de uma orquidea fora da estufa.O sol africano com um olhar sobranceiro vigiava atentamente



o vaivem do trabalho da mulher sem parar a caminho do bazar carregada que nem uma burra de carga ,o filho pequenito às costas aconchegado pela capulana e o ritmo dos passos da mãe com uma carrada de produtos à cabeça. sempre consciente da subsistência do lar.



Ao entrar ,Etna sentiu o coração apertado.Asolidão vagueava pelo balcão de atendimento dos tempos de menina.A timidez desconfiada do funcionário encurralara Etna num hipotético diálogo



Nem uma palavra de cordealidade que mais não fosse para matar a curiosidade.Olhos frios e bem distantes.
Etna apressou-se a descer a escadaria sem uma beliscadura dos tempos e já tantos passados.
Sentou-se à sombra de uma acácia enfezada mas servia de defesa do calor .
Pensava na conversa ao telefone.Etna Maria e tiago conheceram-se acidentalmente num restaurante.Como havia um lugar vago na mesa de Etna Maria ,pediu para se sentar.Conversaram banalidades.O tempo.A profissão .Os hobbies.A carestia da vida.Até que
paises do outro lado do Equador entraram nas conversas.Assim se descobriram pertença de terras do Mar longe.Empatia desabrochou amizadee esta abriu portas a uma relação poderosa.
Demasiado grande para morrer.Uma vida sem tiago não era imaginável
Maria,filha do Mar Longe












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