domingo, 14 de fevereiro de 2010

etna e a terra do mar longe

Etna sentia-pena dos navios que nunca mais voltaram .Andando pela muralha de suporte à invasão das marés cheias que furiosas embatiam contra aquela amurada,confrontava-se com as suas raízes.Faziam dela uma viajante que a levavam a uma navegação solitária.De repente sacudiu o cansaço .Etna Maria regressava a estar com ela.
Lembras-te das noites de sextA-feira?´´Á noite ,mocinhas casadoras ,sofisticamente vestidas e maquilhadas ,com estolas de arminho e sapatos de salto alto vinham airosas para a ceia ,conversar com os fardados de branco ,ouvir música até altas horas da madrugada na esperança de despertar algum coração mais solitário.
Subiam o portaló com uma empáfia que em nós ,miúdas causava um impacto de admiração .
Tornavam-nos mais pequeninas na escala social.Suspirávamos .Sonhávamos com um dia em que já senhorinhas ,tb iriamos ali cear.Admiradas.Galanteadas pelo comandante ,imediato,enfim por todo o escol de membros de bordo.
Tu partiste para o outro lado do Equador.Qdo regressaste ,eras uma jovem que pertencia a résteas de um imaginário que teima em presentificar-se eternamente .

Maria,filha do Mar Longe

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