domingo, 7 de fevereiro de 2010

etna e a terra do mar longe xii

Saltitando pela muralha ,teve a nítida sensação de que não estava só,os que com ela tinham vindo ,sentiam a mesma pena de ver a casa do Capitão do Porto já tão esquecida de um tempo histórico que poderia de servir de uma lição de História a vários niveis até o facto das depências não fazerem parte do interior da habitação dos patrões.Esse esquecimento era uma pedra no charco que as chuvas torrenciais se encarregariam de lavar no matope.Que pena!Paciência!Os Teares da Nova História se encarregariam de
incentivar as novas arquitecturas a novos croquis inspirados naquela casa que agora não passava de um entrestecido e decapitado mausoléu.
Estava num mundo em mudanças na linha da modernidade.Já era tarde para se assumir erros,ódios,injustiças,vexames,desrespeito pela dignidade .Um provérbio hindu ocorreu:"Não existe árvore que o vento não tenha balançado"Etna naquele momento mais do que nunca era essa árvore balançada ,mas não ainda derrubada.Por isso ,viera revesitar o espeço que era também sua pertença-Terra do Mar Longe-E ali estava branca africana assumida.Lembrou-se no momento de uma máxima do outro lado do Equador:""Cada lágrima ensina-nos uma verdade"e essa verdade nua e crua significava que já não se pode parar.Caminhar sem o fardo de
uma partida sem diálogo.
Etna já não saltitava.Corria pela muralha como fazia em menina,livre,feliz com as caricias da maresia ,os sopros das casuarinas centenárias.Corajosa olhou para trás ,já não havia espaço para ver factos e pessoas como foram.Agora era olhar como se é .
Acaba-se por sentir que o tempo nos mergulha na intimidade das nossas raízes e fazem acreditar que ainda somos gente desta Terra.

HÁ MÁGOAS QUE MAGOAM
OUTRAS VELOZES VOAM
HÁ MÁGOAS QUE SE DOMAM
OUTRAS QUE SE REBELDAM
E OUTRAS QUE SE VÃO
HÁ MÁGOAS QUE AMARGAM
TÃO DORIDAS QUE NOS CHORAM. Maria ,filha do Mar Longe

1 comentário:

Anónimo disse...

Cá vou continuando a seguir a tua saga de que gosto muito.

Bjins

Anita