quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Etna e a terra do mar longe xxv

Qdo Tiago levava tempo a aparecer ,a casa enchia-se de um silêncio atroz.Em frente do computador a atenção atrofiava-se .Perdia os pensamentos no Tiago.Etna Maria já não tinha idade nem para um te nem para um ti.Recordava o encontro no restaurante.Foram momentos que revoltearam a vida.Dentro do seu imaginário ,sucediam-se cenários de intimidade ,sedentos,esfomeados,pronta a arriscar-se para não perdê-lo.Não esquecia a postura de quem viajava muito,óculos verdes que escondiam olhos castanhos percrustadores.Estaturamais do que mediana.Um colete de ganga à desportiva ,sob o qual um corpo sem barriga.Cabelos já grisalhos ,Um sorriso entreaberto se calhar para cativar o lugar vago na mesa.
Etna Maria sempre cativante .Destacava-se onde estivesse pelo sorriso que projectava nos olhos a sua força interior.Cabelos alourados que escondiam fios grisalhos que detestava.Calma,sorrindo ligeiramente acedeu a que se sentasse à sua mesa.
A partir desse encontro ,outros encontros se sucederam aqui,ali,acolá para conversar sobre as terras do Mar Longe.Havia laços comuns desde as gentes com hábitos e costumes bem diferentes,a solidão ,as disparidades entre os habitantes até à vida de cada um
Lentamente foram aproximando-se cada vez mais com um coompanheirismo atrativo.
As mãos tocaram-se ,os olhares cruzaram-se de cumplicidade afectiva

Maria,filha do Mar Longe.

Sem comentários: